Criptografia pós-quântica: como se preparar para a próxima ameaça digital

O avanço dos computadores quânticos promete revolucionar a tecnologia, mas também traz riscos significativos para a segurança digital. Quando esses equipamentos alcançarem capacidade prática, poderão quebrar algoritmos de criptografia assimétrica usados hoje para proteger comunicações, transações e dados corporativos.

Segundo o Australian Cyber Security Centre, organizações não devem esperar para agir. Embora computadores quânticos relevantes ainda não existam, o simples armazenamento de informações sigilosas com criptografia tradicional já abre espaço para ataques conhecidos como “harvest now, decrypt later”. Nesse cenário, criminosos coletam dados hoje e os decifram no futuro, quando a tecnologia permitir.

A solução está na criptografia pós-quântica (PQC), um conjunto de algoritmos desenvolvidos para resistir ao poder de processamento quântico. Além de serem economicamente viáveis, essas técnicas garantem proteção de longo prazo, mesmo contra ameaças que ainda não se concretizaram. Implementar PQC, no entanto, exige planejamento, testes e tempo de adaptação, razão pela qual especialistas recomendam iniciar a transição o quanto antes.

Para empresas, isso significa revisar políticas de segurança, identificar dados de maior sensibilidade e adotar uma abordagem gradual de migração para algoritmos resistentes a ataques quânticos. Essa preparação antecipada reduz riscos, assegura conformidade futura e evita a corrida às pressas quando a ameaça se tornar real.

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